A gente se conforma
E adota a cultura da inação
Longe de trilhos de revolução
Nada se transforma
Forma, reforma e retorna
É mais fácil a aceitação
A gente não se transtorna
Só aumenta o vão
Entre o trem e a plataforma.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Por água abaixo
Tudo alagado
Atrapalhado
Interditado
Adiado
Cancelado
Abandonado
Parado
Tudo errado
Rio de janeiro rendido
E não é o crime organizado
Cidade maravilhosa
Submetida ao grande caos molhado
Espera e o ônibus não vem
Só carros, fazendo zona
E que não dão carona
Pois ninguém confia em ninguém
E se algum motorista fosse solidário?
Então seriam dois
Num carro em naufrágio
E se o ônibus viesse
Iria por qual avenida?
Chega mais, estresse,
Que não tem saída.
A solução aparente
É distrair a mente
Encher a cabeça de paz
Pra esquecer da outra enchente
Apelo pro fone de ouvido esperto
Na intenção de melhorar o clima
Droga, não deu certo.
Distúrbio sonoro com tanta buzina
Então de otário eu me taxo,
Humano intelectual brilhante
Vendo que qualquer caminho adiante
Foi por água abaixo
Está tudo complicado
Aqui, por esse mundo
Fluxo que não flui
E você respira fundo
Sem nenhuma trilha alternativa
Arrepia-se até a espinha
Numa calçada mais alta
A multidão se apinha
Na rua um peixe salta
Cadê a Marinha?
Reclama senhora, xinga senhor
E chora a chapinha
A gente não paga só impostos
Pagamos também os patos
Cazuza profeta
Dessa piscina cheia de ratos
O cidadão molhado sente
Água e vento em grande dose
A chuva veio de repente
Para a alegria da leptospirose
Trânsito intenso nas galerias fluviais
Embalagens e mamadeiras
Numa corredeira que já não corre mais
Culpa dos homens animais
Placas tectônicas se encontram logo ali
Nuvens se encontram por aqui
O desencontro é o da raça humana
Que não sabe se chora ou ri.
Não há quem não enxergue
Que a frente
Um grande problema se ergue
E que enchentes urbanas
São só a ponta do iceberg
Atrapalhado
Interditado
Adiado
Cancelado
Abandonado
Parado
Tudo errado
Rio de janeiro rendido
E não é o crime organizado
Cidade maravilhosa
Submetida ao grande caos molhado
Espera e o ônibus não vem
Só carros, fazendo zona
E que não dão carona
Pois ninguém confia em ninguém
E se algum motorista fosse solidário?
Então seriam dois
Num carro em naufrágio
E se o ônibus viesse
Iria por qual avenida?
Chega mais, estresse,
Que não tem saída.
A solução aparente
É distrair a mente
Encher a cabeça de paz
Pra esquecer da outra enchente
Apelo pro fone de ouvido esperto
Na intenção de melhorar o clima
Droga, não deu certo.
Distúrbio sonoro com tanta buzina
Então de otário eu me taxo,
Humano intelectual brilhante
Vendo que qualquer caminho adiante
Foi por água abaixo
Está tudo complicado
Aqui, por esse mundo
Fluxo que não flui
E você respira fundo
Sem nenhuma trilha alternativa
Arrepia-se até a espinha
Numa calçada mais alta
A multidão se apinha
Na rua um peixe salta
Cadê a Marinha?
Reclama senhora, xinga senhor
E chora a chapinha
A gente não paga só impostos
Pagamos também os patos
Cazuza profeta
Dessa piscina cheia de ratos
O cidadão molhado sente
Água e vento em grande dose
A chuva veio de repente
Para a alegria da leptospirose
Trânsito intenso nas galerias fluviais
Embalagens e mamadeiras
Numa corredeira que já não corre mais
Culpa dos homens animais
Placas tectônicas se encontram logo ali
Nuvens se encontram por aqui
O desencontro é o da raça humana
Que não sabe se chora ou ri.
Não há quem não enxergue
Que a frente
Um grande problema se ergue
E que enchentes urbanas
São só a ponta do iceberg
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