terça-feira, 30 de junho de 2009
Um Brasil estagnado
Que não pára nem impulsiona
O comodismo é descarado
nada quebra nem funciona
Em movimento de sanfona
a política se reforma
vai, não vai, acaba em zona
e a mão-boba à casa torna
Malandragem na poupança,
começa a dança da vantagem
uma passagem pra frança
deixa a mudança na garagem
A elite vai bem
e não vai mudar
quem quer não tem
e quem tem não dá
quando o magro se esgüela
e o gordo enche a pança
uma mazela se releva:
a morte da esperança
Que não pára nem impulsiona
O comodismo é descarado
nada quebra nem funciona
Em movimento de sanfona
a política se reforma
vai, não vai, acaba em zona
e a mão-boba à casa torna
Malandragem na poupança,
começa a dança da vantagem
uma passagem pra frança
deixa a mudança na garagem
A elite vai bem
e não vai mudar
quem quer não tem
e quem tem não dá
quando o magro se esgüela
e o gordo enche a pança
uma mazela se releva:
a morte da esperança
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A ingenuidade
Eis, então, o que move o mundo.
Um passo é algo complexo. Em uma infinidade de possibilidades escolhemos uma e a aceitamos como verdadeira, de forma a podermos dar um passo. Depois do movimento, o mundo é outro. Novas possibilidades e apenas uma certeza: aqui, parado, está tudo bem. Ali, o talvez.
Se a racionalidade opera, o passo espera.
Com a ingenuidade, com o pulo da vontade, passamos pelos passos com firmeza e cheios de certeza.
País, ainda tem vontade de mover-se?
Com desculpas esfarrapadas, a comodidade da estagnação ganha espaço e tempo.
Tempo que não passa.
pó, destroços, capenguiçe e traça.
Um passo é um risco. Talvez seja melhor esquecer o petisco.
Brasil, então choras? Não, não. É só um cisco.
Eis, então, o que move o mundo.
Um passo é algo complexo. Em uma infinidade de possibilidades escolhemos uma e a aceitamos como verdadeira, de forma a podermos dar um passo. Depois do movimento, o mundo é outro. Novas possibilidades e apenas uma certeza: aqui, parado, está tudo bem. Ali, o talvez.
Se a racionalidade opera, o passo espera.
Com a ingenuidade, com o pulo da vontade, passamos pelos passos com firmeza e cheios de certeza.
País, ainda tem vontade de mover-se?
Com desculpas esfarrapadas, a comodidade da estagnação ganha espaço e tempo.
Tempo que não passa.
pó, destroços, capenguiçe e traça.
Um passo é um risco. Talvez seja melhor esquecer o petisco.
Brasil, então choras? Não, não. É só um cisco.
sábado, 28 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Sobre o Debate no Senado
Nessa terça-feira, o Senado foi palco de inédita discussão sobre a malha de corrupção que envolve todas as entranhas do cenário político do Brasil. Após a iniciativa do Senador Jarbas Vasconcelos de tratar abertamente sobre o desagradável problema, seguiram-se falas relevantes de importantes senadores que estavam presentes, enfatizando a situação degradante em que se encontram todas as casas de poder do país.
Mas eu já sabia, e eles também.
Desde o início da República, estiveram no poder muitos políticos sem compromisso com o ideal republicano e democrático: espertos, que se dão bem às custas do dinheiro público. Hoje, a paisagem não é nada melhor, e, sim, mais obscura. Trata-se de poderosos malandros impossíveis de se deter. Trata-se de uma rede corrompida de forma generalizada. Trata-se de uma elite política desonesta e intocável. E o pior, isso é óbvio.
Mas, então, foi discutido.
Por mais redundante que possa parecer discutir o óbvio e por mais atrasado que tal debate tenha chegado, o que se viu foi a exposição de ideias correntes na sociedade civil e o que se ouviu foi compatível com a abafada voz dos cidadãos brasileiros. Por meio de frases como “Nós somos os culpados, sim!” e citações como “ Deve-se ‘republicanizar’ a República” os senadores me deixaram orgulhoso.
Nessa terça-feira, o Senado foi palco de inédita discussão sobre a malha de corrupção que envolve todas as entranhas do cenário político do Brasil. Após a iniciativa do Senador Jarbas Vasconcelos de tratar abertamente sobre o desagradável problema, seguiram-se falas relevantes de importantes senadores que estavam presentes, enfatizando a situação degradante em que se encontram todas as casas de poder do país.
Mas eu já sabia, e eles também.
Desde o início da República, estiveram no poder muitos políticos sem compromisso com o ideal republicano e democrático: espertos, que se dão bem às custas do dinheiro público. Hoje, a paisagem não é nada melhor, e, sim, mais obscura. Trata-se de poderosos malandros impossíveis de se deter. Trata-se de uma rede corrompida de forma generalizada. Trata-se de uma elite política desonesta e intocável. E o pior, isso é óbvio.
Mas, então, foi discutido.
Por mais redundante que possa parecer discutir o óbvio e por mais atrasado que tal debate tenha chegado, o que se viu foi a exposição de ideias correntes na sociedade civil e o que se ouviu foi compatível com a abafada voz dos cidadãos brasileiros. Por meio de frases como “Nós somos os culpados, sim!” e citações como “ Deve-se ‘republicanizar’ a República” os senadores me deixaram orgulhoso.
Ingenuidade de minha parte? Bem, a simples existência dessa dúvida já é o retrato da descrença e da desesperança, e faz da resposta dependente do humor. Eu me apresento como otimista e acredito num país mais limpo.
Mas, terá o Brasil, o país que habituou-se à sua própria lepra, a vontade e a coragem de curar-se?
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